quinta-feira, 16 de julho de 2015

Momentos

Era fim de tarde...um dia de intenso calor como o de hoje. O azul do mar resplandecia e, ao longe, onde o céu e o mar se encontram havia uma névoa branca e luminosa. A limonada estava fresca e deliciosa...
Se fechasse os olhos deixava de ver e ouvir as pessoas e apenas ouvia o som, ora suave ora mais agitado, do mar.
Fiquei lá imenso tempo...calada...Fernando Pessoa estava comigo...calado...
Um cão ladrou ali bem perto. Abri os olhos e comecei a falar. 
Sempre me disseste que não posso deixar morrer o meu sonho...ou morrerei com ele...ou a minha alma fica mutilada...
Ele olhou para mim...com aqueles olhos pequenos que vêm tudo e disse-me que afinal eu não tinha percebido nada do que me ensinou...
Fiquei sem saber o que dizer...ele continuou...não deixar morrer o sonho não quer dizer que tens que ter o mesmo sonho para sempre...aí sim, morrerás com ele e por ele...
Percebi, então, que por vezes é preciso deixar morrer alguns sonhos, para que novos sonhos possam nascer.
Tenho ainda muito que aprender...
Luzia Santos

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