quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Império à deriva


Uma interessante reflexão sobre as consequências para Portugal, a longo prazo, da ausência do rei durante treze anos.
A Corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821
Em 1807, na iminência da invasão francesa, D. João tomou a decisão de fugir de Portugal pela única saída possível: o mar. Rumou ao Brasil e a bordo das naus levou 10 000 aristocratas, ministros, padres, criados, militares, a carruagem real, um piano e toneladas de livros e documentos. Ao fim de uma difícil viagem de dois meses, a corte portuguesa chegou ao Brasil imunda, esfarrapada e cheia de piolhos.
O Rio de Janeiro transformou-se rapidamente na “Versailles tropical”, construiu-se uma ópera, um jardim botânico e o paço real, tudo isto com vegetação exuberante como pano de fundo. Esta nova capital imperial era o maior porto de escravos das Américas, sendo este comércio a base da economia do país. No entanto, quando em 1888 a Princesa Regente, D. Isabel, aboliu a escravatura, não sabia que tinha acabado de dar o primeiro passo para a abolição da monarquia. Este é um livro recheado de personagens reais e inéditas: a rainha D. Maria, louca e deprimida, D. João, obeso e indeciso, D. Carlota, que detestava o marido e o Brasil, e D. Pedro, mulherengo irreverente, que proclamou a independência do Brasil.

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