quarta-feira, 7 de maio de 2014

Pablo Neruda

O Teu Riso


 Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas ...
não me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a flor de espiga que desfias,
a água que de súbito
jorra na tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

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