sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nobel da Literatura


Não estava na lista dos favoridos ao Nobel deste ano mas era um eterno candidato. Maria Vargas Llosa, de 74 anos (28 de Março de 1936), é considerado um dos mais influentes escritores da sua geração. A Academia Sueca destingue-o "pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos".
Líder político, ativista pelos direitos do homem, pela igualdade social e pela liberdade, manteve-se sempre fiel a uma luta contínua por um mundo melhor. Resistente como poucos, nunca baixou os braços perante qualquer regime.
O impacto internacional da sua obra é indiscutível. A obra "A Cidade e os Cães", do início dos anos 60, foi o seu primeiro título a correr mundo, mas terá sido com "Conversa na Catedral" e "A Tia Júlia e o Escrevedor" que o reconhecimento se consolidou. Autor versátil, Vargas Llosa tem a capacidade de deslumbrar leitores tanto com romances históricos como com policiais políticos.
O autor, tal como grande parte dos escritores latino-americanos, teve um início de carreira profundamente enraizado na sua cultura natal, mas foi progressivamente abordando temas mais universais. O seu envolvimento político, desde logo com o regime de Fidel Castro, e empenhamento social foi um dos seus motores de escrita. Analista acutilante da realidade cresceu como romancista e enriqueceu a literatura mundial.
Vargas Llosa, que está em Manhattan, onde se encontra a lecionar na Universidade de Princeton, é o 103.º Prémio Nobel da Literatura, atribuído pela primeira vez em 1901. No ano passado a distinção foi atribuída a Herta Müller. O francês Jean-Marie Gustave Le Clézio recebeu o galardão em 2008, Doris Lessing em 2007, Orhan Pamuk em 2006 e Harold Pinter em 2005. José Saramago, falecido em Junho deste ano, recebeu o Nobel em 1998, sendo o primeiro português a ser distinguido nesta categoria pela Academia Sueca.

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